terça-feira, 25 de outubro de 2011

Dia 297 – 24.10.11 'Sentidos opostos'

O dia começava onde já não era mais dia para mim.
A insônia da noite anterior resolveu se vingar, fazendo-me dormir até as 3 horas da tarde daquele domingo quente e ensolarado. Mas nem o calor do sol aqueceu meu coração que estava frio. Resultado do dia anterior.
Era inexplicável o fato dela não sair da minha cabeça nem nos momentos de brigas familiares, onde, geralmente, minha única preocupação era meus pais. Já faz quase um ano que tudo isso está acontecendo. Que diabos de garota é essa? Por que isso ainda esta acontecendo? Por que ela ainda esta dentro de mim? Por quê?
Ao entardecer, cheguei num ponto onde resolvi buscar novos ares. Procurei garotas, de gosto particular, bonitas, que estivessem interessadas em um simples passeio no parque, no qual eu conseguiria me distrair e, definitivamente, descobrir se um novo alguém seria a solução dos meus problemas. E das minhas dores.
Procurando aqui, procurando ali, resolvi soltar um desabafo, com intenção de anunciar que eu necessitava de alguém. Aquilo soou um tanto estranho e não combinava com o que eu costumava fazer. Parecia um grito desesperado por socorro. Ou até mesmo o implorar da cura para minha solidão.
Eis que surge alguém, de certa forma, desconhecida. Por mais que seu interesse parecesse falso, suas palavras soavam com um estranho interesse. Afinal de contas, seria apenas um passeio. Mas, como parece ser praga de costume, as coisas não andaram conforme eu imaginava e por motivos variados, o passeio a dois se tornou mais um dia comum. Sem muita vida. Sem muito que dizer.
Em uma inútil tentativa de me virar sozinho, sou surpreendido por um mal que toma meu corpo. Como se já não bastasse à noite anterior ter gerado problemas ao meu psicológico, minha saúde estava sendo prejudicada, devido aos ventos e garoa tomados no dia anterior. Nessa hora eu senti raiva.
A que ponto eu chego por alguém? Que tipo de humilhação eu ainda terei de suportar? Porque ela não me enxerga?
A garota desconhecida, que aos poucos se tornara alguém bem intima a ponto de eu dizer coisas que não contaria nem para mim mesmo em outra vida, agora se tornava meu foco. Foco? Quem sabe, no sentido de buscar e proporcionar atenção. Afinal de contas, era uma bela garota de gostos semelhantes.
Eu estava surpreso com o resultado. Realmente, a tal garota me fez deixar de lado os pensamentos ruins e, por um momento, esbocei um leve sorriso com suas palavras. Será que eu me deixei levar por uma falsa paixão por todos esses meses? Ou será que aquela garota estaria se tornando a nova parte da minha história?
Independente do rumo que isso tome, tem algo que ainda precisa ser resolvido e, parece que quanto mais tempo passa, mais isso se acumula: As infinitas Perguntas.


Desabafos de um amigo, o único que consegui salvar dentre todos os outros que ele fez o favor de excluir. Prazer, garota desconhecida.


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